Olá, galera
Estive no último final de semana – dias 18 e 19/09 – na RubyConf Brasil 2015, o maior evento de Ruby do país.
Neste post, gostaria de compartilhar com vocês o que achei do evento.
Como todos sabem, sou especialista em C# porém não tenho a cabeça fechada para aprender novas linguagens e paradigmas.
Há uns 3 anos, não sei bem dizer motivado pelo que, comecei a estudar Ruby (ou mais especificamente o Rails). Estes estudos não duraram muito tempo, por questões de prioridades. De lá para cá, vinha mantendo um contato muito raso com a linguagem por meio de um ou outro coding dojo. Neste ano, retomei os estudos da linguagem com mais tempo de dedicação, o que elevou meu interesse pela mesma.
Conclusão: fui parar na RubyConf – pela primeira vez – para ver de perto como é o “mundo Ruby”.
ORGANIZAÇÃO
O evento foi realizado na FECOMERCIO/SP e sobre a organização do evento e a infraestrutura, tudo estava ótimo: ambiente espaçoso, bem refrigerado (mesmo com o calor “campograndense” que fazia em São Paulo), coffee-break muito bom, sem maiores atrasos para inicio do evento e das palestras. E o mais importante: a Wi-Fi funcionou o tempo todo!
Um ponto que vale destacar foi o fato de as palestras das 3 trilhas do andar de baixo terem sido realizadas dentro do próprio salão principal do evento, uma ao lado da outra. Ou seja, bastava chegar e sentar na área correspondente à trilha desejada. Isso facilitou demais a “entrada”, evitando apertos para entrar pela porta de um sala.
Você deve perguntar: e o barulho? Um palestrante não atrapalhava o outro? Aí entra o resto da história: cada participante recebia um fone de ouvido, que regulava no canal correspondente à trilha desejada. Assim, você podia assistir no maior silêncio e ainda podia dar uma escutada na palestra ao lado só mudando de canal no seu fone.
Dessa forma, ficou muito fácil trocar de trilha, tanto fisicamente – algumas cadeiras ao lado – quanto “auditivamente”. Ponto positivo. Foi o primeiro evento que fui que dispôs as trilhas assim.
Dentro de salas mesmo, só ficaram as 2 trilhas do andar de cima, que usavam o ótimo auditório do lugar.
Nota: a única parte chata com relação aos fones era que você não podia transitar com eles de um andar para o outro. Para quem tinha acesso aos dois ambientes – como eu – era muito ruim ter que ficar devolvendo o fone (você deixava seu documento em troca) e pegando de novo ao mudar de andar (ali havia às vezes algum aglomerado de gente). Confesso que fiz isso apenas duas vezes e depois passei a transitar com ele “mocado” na pasta do evento.
PALESTRAS
Vamos agora ao principal: as palestras. Além de Ruby e Rails, estiveram presentes outros temas como empreendedorismo, testes, open-source, deployment e ChatOps, microservices, integração com messaging, entre outros. Também, estiveram presentes alguns palestrantes de fora do país.
Das palestras que assisti, destaco a “Pirâmide de testes: escrevendo testes com qualidade” do Hugo Baraúna, da Plataformatec, como a melhor delas: diversos conceitos do tema, como mocks e stubs, pirâmide de testes e testing iceberg, muito bem explicados.
Assisti algumas relacionadas a microservices (a “buzzword do ano”?) e a mensagem de todas era mais ou menos uníssona: cuidado com o modismo, saiba quando usar pois existem desvantagens também, como maior complexidade na orquestração do deploy.
Pude ver também uma palestra sobre Clean Architecture – termo cunhado pelo Uncle Bob – com Rails. Foi bacana ver alguém falando sobre este tema para que todos possam ver que dá para seguir um modelo diferente do “Rails way”.
Conheci o conceito de ChatOps com times automatizando seus deploys com ajuda de bots no Slack e, nesta semana que passou, já pudemos começar a brincar com isso na empresa, integrando o Slack com o Jenkins para receber notificações de todos os nossos jobs. Muito bacana!
Também vi um pouco de programação funcional com Ruby, como trabalhar com aplicações multi-tenant em Rails, entre tantas outras….
CONCLUINDO…
Foi muito positivo ter participado do evento e ver o quão grande é a RubyConf. Com certeza, uma das maiores conferências de software do país. Fiquei mais motivado para estudar diversos assuntos, incluindo, é claro, o Ruby.
Foi legal – como alguém de “fora” da comunidade – ver que o desenvolvimento de software está caminhando alinhado, buscando melhores práticas para entregar software com eficiência e qualidade.
Meus parabéns à organização e que venham outras com o mesmo nível de qualidade!
Participe! Vamos trocar uma ideia sobre desenvolvimento de software!